19 de setembro no embalo de Indra, Rhayka resolve nascer sob o signo de virgem!
Lá vamos nós, eu e Mariana novamente... por volta das 21 horas, não me lembro com exatidão. Chegamos e tudo estava muy tranqüilo, pai Gilson colocando água na banheira, a Regina na bola, com a enfermeira Ale, e a Glaucia lá novamente, já cansada com o pancadão do fim de semana.
Regina estava dilatando 1 cm a cada duas horas, pelas contas o bebê nasceria lá pelas 8 da manhã. A irmã dela nos contou que no seu trabalho de parto depois dos 6 cm, foi super rápido até o período de expulsão, fiz todo pensamento para que isso acontecesse com a Regina, pois lá pelo 7, 8 cm, ela já estava bem cansada, e eu tinha que cobrir um batizado ás 8 e 15 da matina.
Na sala comentei com a Mariana que o bebê nasceria ás 4 e 57, ela chutou 3 e 7 ou 5 e 7 (não me lembro). Regina tomou banho, comeu gelatina, ficou um tempo com o maridão... o trabalho de parto começou a ficar intenso e doloroso, ela entrou na banheira, relaxou... e esse relax fez com que no próximo toque ela já estivesse com 9 de dilatação, yes! Chamamos o Dr Jesus, que muito querido ficou conversando comigo e com a Mariana na sala (ele estava no meu parto também, de 10 mil partos, o meu foi o que mais o emocionou, tá bom, tenho muito orgulho disso). Toque novamente, 10 cm! Muita dor, superação... me identifiquei pois o período expulsivo (quando já está com 10 cm e o bebê deve nascer, contrações dolorosas, e no fim disso a exaustão e a calma) da Regina foi de 3 horas, assim como no meu.
Ela se tocava para sentir se a Rhayka já estava chegando, massageava sua barriga para estimular as contrações... eu acredito que não há outro evento sequer, que nesta vida nos deixe tão selvagens quanto um parto.
O Dr Jesus disse algo como "vai nascer e resbalar igual um quiabo", dos bebês que eu vi nascer, só um nasceu completo em uma contração, a maioria nasce a cabeça, e entre um a dois minutos o resto do corpo.
4 e 53, o relógio estava próximo do horário que eu joguei no ar, eu olhava nos olhos da Regina e dizia que ela estava chegando, e ela exausta disse: - Que sensação maravilhosa! Contraçãoooo Rhayka veio de uma só vez, as 4 e 57 como eu havia premeditado, tinha uma circular de cordão (por isso a demora no período expulsivo) e ficou um tempo ali boiando na água, questão de 3 segundos, acho que o pai Gilson disse algo como "pega ela!" e a enfermeira Ale tirou a circular e já a entregou nos braços da Regina.
Perfeição, Rhayka abriu os olhos e ficou vidrada na sua mãe, as duas guerreiras, haviam passado por esta prova! O bebê, chega cansado pois é constantemente estimulado para que desça pelo canal do parto, e a mãe, além da dor física, passa por um processo psicológico brutal, deixar de ser filha, ser totalmente responsável por um ser. Apgar 10/10 (nota do recém nascido no primeiro e quinto minuto de vida. Nasceu vermelhinha como o pai colorado já havia cantado pelo trabalho de parto todo enquanto mostrava sapatinhos e roupinhas do inter.
Parabéns família! Pela força, por receber a pequena de vocês dessa maneira linda, que trouxe toda segurança e acalento necessário para que ela seja uma adulta plena.
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